Prólogo (personagens)

"Você mesmo faz o seu destino, você mesmo seleciona seus bons e ruins amigos, você mesmo escolhe que estrada seguir, não culpe nada nem ninguém, suas escolhas lhe trouxeram até aqui." (N. Martins)
Broken Smile
web serie por Carolina Bertoni 

Personagens 
Fernanda,16 anos,morena,cabelos compridos,liso,olhos negros, tímida,sorriso meigo,intensa,de grande personalidade.  Dona de poucos amigos,defende seus amigos com unhas e garras.

Laura,7 anos, irmã mais nova de Fernanda,criança especial,dislexia,loira,olhos clarinho o ''xodó'' de Fernanda. Apesar da diferença de idade,e as desavenças normais de irmãs,elas são bem unidas,e Fernanda é capaz de passar por cima de tudo e todos para defender sua irmã.
Guilherme,16 anos,melhor amigo de Fernanda desde os 6 anos,moreno,olhos claros,dono do abraço mais confortável do mundo,amigo,conselheiro,apaixonante,com grande perspectiva de futuro. Apaixonado por ela?todos dizem,mais será que é apenas uma amizade de infância ou vai além disso?

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Capitulo 1- Mudanças

São 8 horas da manhã. Acordei com a minha irmã em cima de mim,gritando no meu ouvindo dizendo alguma coisa sobre ''arrumar as malas''. Como assim?Arrumar as malas?Eu ouvi direito?Que diabos estava acontecendo?
Já que estava acordada tão cedo em pleno sábado, resolvi levantar. Como de costume,a primeira coisa que eu fiz foi pegar meu celular e mandar uma mensagem pro Guilherme,meu melhor amigo.
Todos acham estranho nossa amizade. Onde já se viu?amizade entre homem e mulher? Sempre ouvimos piadinhas de ''casalzinho'',mais somos muito amigos,eu o amo de mais! Conheço ele desde os meus 6 anos ,nossas mães são amigas,sei de todos os segredos dele,e ele sabe os meus. É ótimo ter amigo menino,eu por exemplo,tenho mais facilidade pra fazer amizade com homens do que com mulheres. Sempre que me perguntam quem é minha melhor amiga,falo que é o Guilherme.
Depois de já ter levantado,desci as escadas atras da minha irmã,logo me deparei com meu pai e minha mãe abraçados,como se estivessem comemorando algo.
Fernanda: Mãe,pai o que esta acontecendo?
Mãe: Ah filha,seu pai conseguiu uma promoção! Vamos pra São Paulo na segunda-feira,não é incrível?
Paralisei por 5 segundos. Como assim?Mudar de Florianópolis?Da minha cidade que eu vivi por todos esses anos,que eu passei os melhores momentos da minha vida?Mudar de escola?Tudo bem que eu não tenho muitos amigos,só o Guilherme,mas pera aí... E o Guilherme?ficar longe dele?N-Ã-O! Eu não vou aguentar.
Fernanda: NÃO! Pai,eu fico muito feliz por você,mais vamos deixar tudo isso aqui?NÃO!
Subi correndo pro meu quarto, batendo a porta e correndo pra debaixo da cama. Não sei porque faço isso,sempre que fico triste,choro eu vou pra debaixo da cama. Quando eu era pequena e meus pais brigavam comigo,o meu primeiro refugio era debaixo da cama,acho que eu achava que lá estaria segura de tudo e de todos, mania de infância.
Peguei meu celular,e mandei uma mensagem pro Guilherme.
''Gui?ta acordado?me encontra na praia daqui a 30 minutos.''
Depois de alguns segundos,meu pai entrou no meu quarto,e sentou na minha cama.
Pai: Filha você esta bem?
Fernanda: Não pai,eu não estou! Não quero me mudar,minha vida ta aqui,nossa vida ta aqui. Como vai ser?
Pai: Filha,esculte...eu estou trabalhando por essa promoção a muito tempo! Com essa promoção vou poder dar uma vida melhor pra você,pra sua irmã,pra sua mãe,pra mim. Vai dar tudo certo meu anjo,eu prometo.
Ele se abaixou,deitou do meu lado,me deu um beijo na testa e saiu.
É,eu estava sem saída. Pude ver nos olhos do meu pai que aquilo seria muito importante pra ele,só nos sabemos o quanto meu pai trabalhou por isso,ele merece.
É,eu teria que me mudar,mas a ideia de ficar longe do meu melhor amigo,ainda me perturbava.
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Capitulo 2 - Noticia ruim

Apesar de aceitar numa boa a viajem pra São Paulo,ainda estava chateada. É uma nova etapa da minha vida que se inicia,vou ter que mudar tudo. Eu não gosto de mudanças...até gosto mas demoro a me adaptar a elas.
Depois de alguns segundos de baixo da cama,recebi uma mensagem do Gui.
''Oi Fe,o que aconteceu contigo?Ok, to indo pra lá"
Já tinha me esquecido que eu tinha combinado com o Gui. Sai debaixo da cama e fui me arrumar,estava um pouco frio. Peguei uma calça jeans clara e uma blusa de  frio listrada. Lavei meu rosto passei uma base,porque ninguém merece ver minhas olheiras em plena 8 horas da manhã.
Peguei meu celular,coloquei o capuz e disse pra minha mãe que iria encontrar o Gui em Canasvieira,uma praia daqui de Florianópolis que fica perto de casa.
Sai em disparada,outro abito estranho meu...gosto de correr quando estou triste.
Cheguei na praia,e o Gui já estava lá. A praia estava vazia,só se ouvia o barulho do mar e as gaivotas voando. Este,era pra mim,o melhor som. Tirei meu tênis,senti a areia entrando no meio dos meus dedos,o vento batendo suavemente em meu rosto,como se estivesse me despedindo do melhor lugar que eu já estive.
Fui andando em direção aonde o Gui estava sentado,parei na frente dele e o cumprimentei,do jeito que só nos dois sabemos.
Ele sorriu pra mim,me forçando a dar o sorriso mais sincero daquela manhã. É incrível como você pode se sentir tão bem com alguém.
Logo depois sentamos na areia,e ficamos ali sem disser nada apenas olhando a forma em que o mar se movimentava. Ele se silenciou como se esperasse eu me pronunciar. Sabe...sempre fui assim,gosto que as coisas acontecem no meu tempo,sem forçar. Eu amo o jeito que Gui me conhece.
Fernanda:Gui...eu vou me mudar.
Guilherme:O que? você vai se mudar?Ta falando serio cabeçuda?
Fernanda:(risos) Para Gui...é serio,vou pra São Paulo.
Ele ficou em silencio por alguns minutos,abaixou a cabeça e voltou os olhos para o mar.
Guilherme:Fe... porque?vai se desfazer de tudo isso aqui?
Ele mudou o tom de voz,como se fosse minha culpa tudo o que estava acontecendo. Estávamos a ponto de brigarmos,mas não arriscaria uma briga nessa altura do campeonato. Viajar,brigada com meu melhor amigo?Nunca.
Abracei ele,e deitei no ombro dele,como se ele precisasse de consolo. Os olhos deles começaram a encher de lagrimas,me fazendo chorar. Nunca pensei em ficar longe de alguém que eu sempre me imaginei e desejei ao lado. Ficamos lá,por varias horas,perdendo completamente a noção do tempo. Até que a praia começou a encher,e deduzi que já tinha passado do horário de almoço,porque lá sempre lota depois do almoço.
Fernanda: Gui,quer almoçar lá em casa?
Ele sorriu,levantou e me ajudou a levantar. Fomos até a minha casa de mãos dadas e em silencio.

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Capitulo 3- Arrumar

Chegamos em casa,era umas 14 horas.
O almoço lá em casa de fim de semana sempre sai tarde. Abri a porta da frente,e como de costume ela fez aquele barulho horrível de porta velha,que eu sempre reclamei,mas que  eu sempre vou sentir falta. Quando entramos minha mãe estava colocando a mesa. Cumprimentamos meus pais,e logo que a Laura viu o Gui,pulou em seu colo. Sentamos todos na mesa,enquanto minha mãe nos servia. Tinha macarrão com carne moída. É o preferido do Gui,minha mãe com certeza fez porque sabia,que sempre que eu digo que vou encontrar o Gui,eu volto com ele.
Guilherme: Ta muito bom Dona Flávia,parabéns. Vou sentir muita falta da comida da senhora.
Minha mãe sorrio,deixando transparecer o quanto estava feliz com aquele elogio. Ela ama quando a comida dela é elogiada.
Senhor Marcos(meu pai): Rapaz,já soube que vamos nos mudar né?ganhei uma promoção ótima,graças a Deus.
Guilherme: É,soube sim...parabéns senhor Marcos quando vão?
Senhor Marcos: Obrigada rapaz,vamos amanhã mesmo.
Fernanda: Amanhã?Mais não era na segunda pai?
O Guilherme de repente mudou a expressão.
Senhor Marcos: É filha,mais me ligaram da empresa pouco depois que você saiu,me querem lá segunda,então é melhor irmos amanhã mesmo.Vamos as 14 horas.
Olhei pra todos,bati na mesa e sai emburrada pro quarto,como uma rebelde sem causa. Eu já tinha aceito viajar,mais amanhã?Já?E os meus direitos?
Ouvi o Guilherme dizendo 'vou atras dela',e logo em seguida ouvi uns passos atras de mim.
Deitei na minha cama,peguei um travessei e o agarrei o mais forte que pude,como se pudesse extrair toda a raiva que eu estava sentindo. Logo em seguida o Gui entrou no meu quarto e deitou do meu lado.
Guilherme: Fe,eu vou admitir uma coisa...eu não quero que você vá embora,eu sei que você ta muito chateada,e não quer ir, mas colocar a culpa nos seus pais não vai adiantar nada.
Droga. Ele estava com razão,mais ninguém entende como é ruim pra mim,eu amo esse lugar,essa é minha casa.
Fernanda: Promete que não vai esquecer de mim?
Guilherme: Para com isso Fernanda,eu vou falar com você todo dia. Amanhã antes da 14 eu vou estar aqui,te prometo.
Ele me deu um beijo na testa e ficamos algumas horas por lá,deitados na minha cama,olhando para o teto,conversando sobre tudo e sobre nada.
Guilherme: Bom já ta na minha hora,fica bem pequena.
Ah,eu estava péssima,estava difícil de digerir toda aquela situação,pode parecer drama,mais ninguém sabe a imensidão da dor de alguém, exceto quem a sente.
Nem levei o Gui até a porta,que mal educada. Mas naquela hora eu não estava nem um pouco preocupada com a hora,só queria ficar ali,sozinha. Foi então que minha mãe e a Laura apareceram na porta.
Mãe: Querida,vá arrumar sua mala. Quer ajuda?
Fiz que sim com a cabeça,e elas entraram. Foi divertido até,ainda mais que eu não sou muito daquelas meninas organizadas,pra mim é só ''tacar'' tudo e esta ótimo. Mais fui obrigada a arrumar tudo direitinho com a minha mãe lá. Depois de arrumar as minhas coisas,fui ajudar a Laura a arrumar as coisas delas.
Depois de termos mais bagunçado do que arrumado,fomos vencidas pelo cansaço e acabei dormindo lá mesmo,no quarto da Laura com ela.
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Capitulo 4- Adeus

Acordei tarde,acho que minha mãe ficou com dó de me acordar e me direcionar até meu quarto, porque acordei na cama da Laura,e estava sozinha. Do jeito que ela estava ansiosa pra viajar,deve ter madrugado.
Olhei ao redor e o quarto já estava praticamente vazio,temi que estava atrasada. Levantei de supetão para ver a hora ,e fui surpreendida quando meu celular caiu no chão,ele estava em cima da minha cama,junto com um short e uma blusa rosa meio larga,e meu all star branco. Minha mãe deve ter separado esta roupa pra mim. Peguei do chão,era 12:30. Me arrumei com rapidez e fui ver os outros cômodos da casa,não estava ouvindo nenhum barulho,como se não estivesse ninguém em casa. Todos os cômodos estavam vazios.E em cada comudo que eu passava,via alguma lembrança de cada coisa que eu passei aqui...como se eu estivesse me despedindo daqui. Quando desci e ouvi um murmurio vindo da porta da frente. Me deparei com meus pais ajudando o pessoal do caminhão de mudança,e a Laura brincando com o Gui. O dia começou mais rápido que eu esperava. Droga!
Todos me deram bom dia e fui em direção ao Gui e a Laura.
Laura:Bom dia Fefe
Fernanda:Bom dia meu amor.
Guilherme:Ta melhor Fe?
Fernanda: To sim Gui,valeu.
Antes que eu pudesse esperar,minha mãe e meu pai se aproximaram de mim,se despediram do Gui,e pediram pra que eu fosse logo que já estávamos atrasados.
Fiz que sim com a cabeça e fui me despedir do Gui.
Fernanda: Ai Gui,eu vou sentir muito sua falta! Não esquece de mim,por favor?
Guilherme: Eu também vou,muito mesmo cabeçuda. Espera,eu quero que fique com isto.
Ele tirou do bolço um colar com pingente de coração,daqueles prateados com uma frase escrito ''Melhores amigos pra sempre,te amo''. Foi a coisa mais linda que eu ganhei. Me virei pra que ele pudesse colocar no meu pescoço,e não aguentei,abracei-o e comecei a chorar. Será que vou aguentar de saudades?
Guilherme: Fe,e tem outra coisa que preciso te cont...
Antes que ele pudesse terminar a frase,meu pai começou a berrar do carro,me chamando pra vir logo.
Gritei pra que ele esperasse.
Dei um beijo na bochecha do Gui e abracei-o e ele me deu um beijo na testa.

Fernanda: Tenho que ir Gui...
Guilherme: Não!Espera o que eu tenho pra contar,é muito importante Fe!
Fernanda: Tudo bem,o que qu...
Mal pude terminar a frase, quando meu pai voltou a chamar dizendo que perderíamos o voo. Não seria uma má ideia,mas não faria isso. Dei um beijo em seu rosto, e corri para o carro.
Depois de entrar no carro, logo prosseguimos, e vi o Guilherme ficando cada vez mas distante. Enquanto a  distancia aumentava,minha vontade de voltar aumentava junto.
Eu não disse nada. Nadica. Nem uma palavra se quer,nem um murmurio,apenas fui segurando com força o colar que ele tinha me dado. É difícil dizer adeus pra alguém que você nunca imaginaria sem.
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Capitulo 5- Bem vinda!

Chegamos ao aeroporto. Depois de ver aquele avião gigante de perto,me deu um frio na barriga gostoso. Ouve-se ''De 40 a 50 minutos'' ótimo! Depois que soube o horário da viajem,pensei que iria dormir o caminho inteiro. Que nada,fui muito bem acordada. Meus pais até que conseguiram dormir,mais eu não. Sentei junto com a Laura,ela sentou na janela,e eu mal pude dormir,com ela tagarelando sobre as ''nuvenzinhas de algodão doce''que ela falava tanto falava.
Depois de muitas tentativas,vi que não daria mesmo pra dormir,então resolvi ver aquelas tais nuvens com ela,e ela estava certa,são lindas mesmo. Foi incrível viajar de avião!
Quando ela finalmente cansou de falar,cochilamos. Mais fomos interrompidas logo em seguida,com a moça de voz bonita dizendo que já tínhamos chegado ao nosso destino. Droga!
Acordamos,pegamos nossas malas no bagageiro e descemos do avião. A principio,não tinha visto nada de diferente em São Paulo,mais logo que sai do aeroporto,pude perceber que a movimentação de gente,é muito maior aqui.
Ficamos na porta por alguns minutos,enquanto meu pai pegava o nosso carro que tinha vindo de algum lugar,que eu não entendi.
Pouco depois ele chegou. Colocamos nossas malas no porta-malas e entramos. Eu e a Laura ficamos olhando a cidade a viajem inteira,como duas crianças maravilhadas com brinquedos novos. Como tem prédios aqui em São Paulo né?Mas e esse transito?Infernal.
Passamos perto de um parque que eu achei lindo. Se eu não me engano, meu pai disse que se chama Ibi...ibira...Ibirapuera. Isso,é um parque muito bonito! Quero vir aqui um dia...
Finalmente chegamos ao nosso novo apartamento,que era branco com riscos no canto em beje,bonitinho até.
Saímos do carro, enquanto meu pai ia dirigindo até a garagem pra guardar o carro. Fomos entrando pela portaria,passamos pela piscina e pelo playground,que a Laura logo ficou enlouquecida quando viu.Crianças.Logo queria correr pra lá,mais minha mãe a impediu. Fomos para o Elevador,todo espelhado,em tons de marrom claro,e com aquela musica clássica e irritante,parecendo daqueles filmes americanos,que todo elevador tem. Subimos para o nosso apartamento. Apartamento 5. Abrimos a porta,e já estava todo mobilhado com nossas coisas! Eu fiquei super impressionada com a rapidez de que tudo estava pronto pra gente,em tão pouco tempo.
Fui procurar meu quarto e a Lala foi pro quarto dela. Apesar de ainda estar irritada por estar ali,adorei meu quarto,estava realmente muito bonito,bem do jeito que eu tinha pedi pros meus pais.
Percebi que foi uma tentativa deles,de nos fazer se sentir em casa(mais eu do que a Laura) Mas tenho que admitir, eles conseguiram. Me senti como se estivesse trazido Florianópolis comigo. Mas ainda estava pensando muito no Gui,e de como era ruim ficar longe dele. Eu o amo.
Depois de termos arrumado nossas roupas, a Laura insistiu para que fossemos lá em baixo no playground e minha mãe,depois de muita recusa,resolver deixa-la ir,mas pediu pra que eu fosse com ela enquanto ela terminava de arrumar as coisas.
Mesmo não querendo,não tinha jeito tive que ir.
Frechei a porta da frente,enquanto a Laura correu para apertar o botão para chamar o elevador. Enquanto esperávamos,a porta 6 abriu, que é de frente para nossa porta,e um menino saiu. Ele aparentava ter a minha idade,ou pouco mais. Ele ficou do nosso lado esperando o elevador.
Ele me pareceu estranho,era bonito mas parecia-me desconfiado.
Ficamos ali por alguns segundos, ele começou a ficar impaciente e logo desceu pelas escadas. Me pareceu que estava nervoso. Poucos segundos depois,o elevador chegou. Quando chegamos ao térreo, chegamos um pouco atras do tal menino,que estava na nossa frente,e que saiu em disparada,em direção a saída do prédio.
Já eram 18:00 horas. A Laura brincava no playground e eu estava na beira da piscina lembrando de tudo que eu passei em Florianópolis,quando ouvi uma voz me chamar,era minha mãe avisando que ia no supermercado que tinha a algumas quadras daqui,e perguntando se eu queria ir. Eu disse que não. Ela me deu as chaves do apartamento,e disse para mim subir logo. Fiquei por lá até as 19:00 horas. Levantei da beira da piscina,sequei os meus pés. Quando estava saindo,ouvi uma gritaria vindo da rua, e como sou curiosa,fui ver o que estava acontecendo. Quando cheguei a portaria do prédio, vi uma aglomeração de pessoas do outro lado da rua,estava escuro mais consegui ver. Era uma briga de dois rapazes meio forte. Quando cerrei os olhos para enxergar melhor,pude ver que era o meu vizinho. Mesmo não o conhecendo,fiquei preocupada. Não sabia o que fazer? Se eu não for e acontecer coisa pior com ele?Mas se eu for?E sobrar pra mim? Por impulso,apertei o botão para abrir o portão do prédio,e fui lá tentar fazer alguma coisa,sei lá qualquer coisa. Quando cheguei lá,o tal menino estava no chão,sendo espancado por um cara,muito maior que ele,e deduzo que mais velho também.

Fiquei desesperada quando vi aquilo,ninguém fazia nada. Pareciam até que estavam torcendo para ver quem ganhava. Tentei até pedi pra que alguém interrompense os dois,mais todos riam. Cansada de ninguém me dar ouvidos, procurei algo que chamasse a atenção do agressor,pra faze-lo para. Até que vi uma pedra pequena que tinha logo ali, próximo de mim e joguei contra o agressor,acertando em cheio seu pescoço fazendo com quem ele parasse,colocasse a mão no pescoço murmurando alguns palavrões e saísse irritado,mas logo depois foi embora. A multidão foi se dispersando restando apenas eu e o tal menino estirado no chão.
Cheguei perto dele,ele estava com o rosto todo machucado,e se queixando de dores na barriga. Ajudei-o a levantar,e ele conseguiu andar,se apoiando em meu ombro. Ele não era muito alto,era um pouco mais alto que eu,cheirava a bebida, e perfume masculino muito forte. Não consegui fazer nenhuma pergunta pra ele,pois ele não conseguia falar direito,balbuciava algumas palavras mas não completava a frase,ele estava  realmente muito mal.
Entramos no prédio. Disse que o levaria para casa dele,mas ele se irritou,e consegui entender que ele não podia,pois estava sozinho. Pedi a ajuda de um dos seguranças de lá para me ajudar a leva-lo. Fomos até minha casa,o segurança deitou-o no sofá da sala,e me disse pra qualquer coisa chama-lo. Enquanto ele estava no sofá,fui pegar o telefone que estava no criado mudo perto da onde ele estava deitado,mas logo me interrompeu segurando minha mão e dizendo que não precisava. Como ele estava irritado,resolvi desistir de telefonar,e achei melhor dar os primeiros socorros. Fui procurar a caixa de curativos. Por causa da mudança,as coisas ainda estavam muito bagunçadas. Até que achei uma caixa escrito ''Remédios''. Abri a caixa,e peguei os curativos que lá estavam.
Sentei ao lado dele,peguei um algodão com um pouco de remédio e fui colocando em seus machucados,ele gemia cada vez que eu encostava dele,cheguei até a rir de tanto que ele resmungava.
Menino: Ou valeu mesmo! Porque fez isso?Ai,vai com calma! Você nem me conhece.
Fernanda: Magina,eu faria isso por qualquer pessoa...Vai ficar só reclamando aí,ou vai me dizer seu nome?
Menino: Ai,isso arde! Meu nome é Rafael e o seu? -risos.
Rafael, 17 anos,meio castanho meio  loiro, olhos azuis, cabelo liso, apesar de sua aparência não parecer, ele tem personalidade forte, não é de levar desaforo pra casa.


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